Cidade de Santos será a casa das seleções de México e Costa Rica durante a Copa

Amarrar as chuteiras ao lado do armário de Pelé, no vestiário onde o Rei do futebol cumpria seus ritos finais antes de subir ao gramado. Ou então convidar os companheiros para uma partida de sinuca, na mesma mesa onde craques do alvinegro praiano desafiam-se durante a concentração. No que depender de inspiração, torcedores do México e da Costa Rica terão agradáveis surpresas com suas seleções durante a Copa do Mundo no Brasil. As duas equipes estarão cercadas de parte importante da história do futebol em Santos, onde ficarão hospedadas durante o torneio que começa no dia 12 de junho. Mas não só isso: haverá também conforto e uma estrutura de primeira à disposição de atletas e comissões técnicas.

Sede Santos Copa 2014 - Blog DNA Santastico

O México, rival brasileiro na segunda rodada da primeira fase, escolheu o CT Rei Pelé, do Santos Futebol Clube, como base de treinamentos. O local onde o time realizará suas atividades é relativamente novo: foi inaugurado em 2005 numa área de 40 mil metros quadrados próxima à entrada da cidade.

CT REI PELE - Blog DNA Santastico (3)

Ali os jogadores comandados pelo técnico Miguel Herrera poderão usufruir de uma das mais elogiadas instalações de um clube de futebol no país. O vestiário é amplo e confortável: são 36 armários, quatro banheiras de hidromassagem e uma piscina spa. A sala de musculação é bem equipada e está integrada ao Cepraf (Centro de Excelência em Prevenção e Recuperação de Atletas de Futebol).

CT REI PELE - Blog DNA Santastico (1)

Dos três campos do local, o México definiu a utilização de apenas um, que vem sendo acompanhado cuidadosamente nos últimos dias. A mesma atenção tem recebido o gramado da Vila Belmiro, o lendário estádio onde o Santos manda seus jogos, e que será a casa da Costa Rica durante a Copa.

CT REI PELE - Blog DNA Santastico (2)



“A gente está fazendo a manutenção, cortando a grama de dois em dois dias para manter a altura ideal. Fazemos também a adubação uma vez por semana ou a cada quinze dias e molhamos muito para evitar amarelar o campo”, explica o auxiliar de manutenção do gramado, Guilherme Alves. Ele atua tanto na Vila Belmiro como no CT Rei Pelé.

Com a baixa nos termômetros nos últimos dias no estado de São Paulo, os campos passaram por um processo de semeadura com uma grama mais adaptada ao inverno. Segundo Alves, tudo estará em ordem para receber os jogadores. “Vamos deixar no esquema para eles. É legal pensar que pessoas de outros países vão estar aqui. Dá muito orgulho do nosso trabalho”.

Assim como no CT Rei Pelé, não foram necessárias grandes mudanças na Vila Belmiro para acolher os costarriquenhos.

Vila Belmiro - Blog DNA Santastico (1)

Ali, a seleção utilizará o vestiário principal do estádio, com banheira, área de recuperação e de aquecimento. Só não poderão descobrir o que se esconde no armário de Pelé, sempre fechado.

Vila Belmiro - Blog DNA Santastico (2)

Ligação histórica

O México se sentirá acolhido pelos torcedores santistas enquanto estiver na cidade, acredita o historiador Guilherme Guarche, que trabalha no Memorial das Conquistas do Santos. Tudo graças a Pelé e à sensacional campanha do tricampeonato mundial do Brasil na Copa de 1970, disputada na terra dos astecas.

Para Guarche, a empatia criada com mexicanos é recíproca na região. Ele inclusive cita dois exemplos. “O Pelé, na flor da idade, foi eleito o melhor daquela Copa, jogou tudo o que tinha direito. Tanto é que na Baixada Santista foi inaugurada uma praça com o nome de Guadalajara (cidade onde o Brasil disputou todas as partidas, com exceção da final, no Mundial), e uma comunidade em São Vicente recebeu o nome de México 70. De lá para cá a ligação com o povo mexicano se tornou muito grande”, conta ele. “Os torcedores serão bem-vindos, recebidos de braços abertos por todos. Eles nunca mais esquecerão nossa cidade e nosso clube”.

Já a Costa Rica talvez guarde lembrança um pouco mais amarga do Santos. Em 1959, o clube brasileiro derrotou a seleção por 2 x 1 durante uma excursão pela América Central – já tinha batido também o Saprissa, tradicional equipe do país, por 3 x 1.

Fonte: Portal da Copa


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